Rachel de Queiroz
A escritora também ficou conhecida por sua postura aguerrida e por seus posicionamentos políticos contraditórios ao longo dos anos. Na década de 30, integrou o Partido Comunista do Brasil, no qual permaneceu por pouco tempo ao constatar que sua liberdade como escritora estava ameaçada pela ideologia partidária. Em 1935, em meio à repressão do governo de Getúlio Vargas ficou detida por três meses e dois anos depois teve livros queimados em praça pública com a decretação do Estado Novo em 10 de novembro de 1937, juntamente com exemplares de Jorge Amado, José Lins do Rego e Graciliano Ramos, acusados de subversão.
Na década de 60, volta ao cenário político brasileiro, participando do golpe contra o então presidente João Goulart. Fez parte do diretório da Arena (Aliança Renovadora Nacional), foi delegada do Brasil na ONU em 1966 e integrou o ''Conselho Federal de Cultura'', desde a sua fundação, em 1967, até sua extinção, em 1989. O presidente Jânio Quadros chegou a convidá-la para ser ministra da Educação, ao que respondeu: “Presidente, colaboro no que for preciso, mas sem cargo oficial. Não posso pôr em risco minha independência intelectual, nem nasci para viver em cortes palacianas”.
Suas obras mais conhecidas são ''O Quinze'', marco do movimento regionalista e modernista da década de 30, ''As Três Marias'', obra mais lírica da sua primeira fase literária e ''Memorial de Maria Moura'', seu último romance, um épico sertanejo publicado aos 82 anos de idade.
Ao longo de mais de 70 anos de carreira, Rachel publicou mais de duas mil crônicas, peças de teatro, livros infantis, contos, memórias e um livro de poesia inédita, publicado postumamente. Foi colaboradora regular em inúmeros jornais e periódicos, como Diário de Notícias, O Jornal, Última Hora, Jornal do Comércio, O Estado de S. Paulo e a revista O Cruzeiro. Fornecido pela Wikipedia
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